domingo, 23 de novembro de 2014

REM MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS - SEMANA "ESCOLA PARA A VIDA" - 2014

Alguns dos alunos do 1º Ano do Ensino Médio da E. E. "AMÉRICO ALVES" realizaram um belíssimo trabalho de pesquisa e produção de sustentabilidade e qualidade de vida, frente a temática "Água", trabalhada ao longo do ano na disciplina que ministro aulas.
Foram inúmeros trabalhos artísticos, produções de textos nos diferentes gêneros da escrita, pesquisas de campo, visita ecológica e mostras de trabalhos (maquetes sustentáveis), bem como aulas práticas com materiais recicláveis/reaproveitáveis. Enfim, me sinto realizada em contribuir com o pouco que sei.
Foi um ano de grandes desafios, mas também de desenvolvimento significativo. Minhas contribuições educacionais mostraram-se mínimas, frente a grandeza das distintas e diversas produções artísticas dos alunos.
Sigo em frente, cética quanto as frases de Einstein: " O único lugar onde Sucesso vem antes de Trabalho é no dicionário"; "Uma pessoa que nunca cometeu um engano/erro, é porque nunca tentou fazer algo novo" e... 
"NUNCA CONSIDERE O ESTUDO UMA OBRIGAÇÃO, MAS SIM UMA OPORTUNIDADE PARA SABERES MAIS"!

Agradeço a Deus pela oportunidade de ensinar e aprender, sempre.






























terça-feira, 19 de agosto de 2014

domingo, 3 de agosto de 2014

Reflexão...

Por que refletir sobre "Sustentabilidade"?
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/ser-humano-meio-ambiente-785086.shtml

Sugestão de atividade sobre Sustentabilidade

O QUE APRENDER COM A CRISE HÍDRICA DE 2014? Marilena Lavorato
Após vivenciarmos um verão atípico, o mais quente e seco em sete décadas, São Paulo, a maior cidade do país e da América do Sul, vive um momento de crise hídrica que poderá gerar instabilidade social, política e econômica. Pela primeira vez, a questão ambiental escancara com clareza a fragilidade de um sistema que não priorizou a água no seu modelo de desenvolvimento, ou se priorizou, não foi suficiente.
E isto não deve unicamente a variabilidade do clima, embora seja este um dos fatores principais do processo. A concentração da população nos grandes centros urbanos gerou uma demanda de recursos naturais maior do que a capacidade de atendimento do espaço em que está locada. Isto fez com que a região metropolitana de São Paulo ficasse dependente da importação de recursos de outras localidades, que é o caso da água.
Crescemos ouvindo que o Brasil era um país rico em recursos naturais e com muita água. Só que não falaram que os grandes centros estavam longe das grandes reservas. Esta visão superficial e simplista criou uma cultura despreocupada da população em relação a estas questões. Com raras exceções, o cidadão médio da cidade de São Paulo não percebeu que o Sistema Cantareira, que abastece aproximadamente 45% da região metropolitana já vinha dando sinais de esgotamento nos últimos três anos. Em 2011, na época das chuvas, o reservatório estava com mais 90% da sua capacidade, mas nos anos seguintes já começava a apresentar indicadores preocupantes, e em 2014 o indicador apresentado foi e é alarmante.
Para se ter uma ideia, em janeiro de 2011, o índice de armazenamento do Sistema Cantareira foi em torno de 94,3%; em 2012, 74,8%; em 2013, 52,3%. Já em janeiro deste ano o nível estava em 22,9%, e domingo foi de 12,1%. Neste período, houve queda em todos os anos, e mais acentuada a cada novo ano. De janeiro a abril deste ano houve queda aproximada de 10%.
Segundo o comitê anti-crise, formado pela Agência Nacional de Águas (ANA), o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a previsão é de que o sistema esgotará pela primeira vez em junho, se nada for feito. Trata-se de uma estiagem bem mais severa do que a pior já registrada na história, em 1953. Desde janeiro deste ano, a quantidade de água que entrou nos reservatórios do Sistema Cantareira corresponde a 15% da média histórica. Em 1953, o pior índice foi o de janeiro: 39%.
Volume morto: a reserva estratégica do sistema
Entre as alternativas emergenciais para evitar um racionamento generalizado está o uso do “volume morto”, que antes era tratado como eventual e agora tornou-se inevitável para evitar um racionamento generalizado. O “volume morto” trata-se de cerca de 400 bilhões de litros que ficam no fundo dos reservatórios, uma reserva estratégica nunca utilizada. A Sabesp informou que iniciará a operação em maio, dois meses antes do possível fim do “volume útil”, que é a quantidade represada acima do nível das bombas.
E porque chegamos a este momento crítico? Pergunta simples com resposta complexa. Existe a variabilidade normal do clima; os impactos das mudanças climáticas; o aumento desorganizado do consumo pressionado pelo crescimento urbano acelerado da região metropolitana; a alta temperatura do verão mais quente e mais seco das últimas sete décadas; a falta de consciência da população; as perdas de 25% na rede de distribuição (em Tóquio a perda de água tratada é de 3,6%); a falta de políticas públicas para o reuso e captação da água da chuva em novos prédios e o incentivo para adoção de relógios individuais nos novos e antigos prédios; a falta de planejamento e de investimentos em infraestrutura para construção de novos reservatórios; a extinção das minas e nascentes nas pequenas propriedades rurais com os desmatamentos e avanço da agricultura e pecuária; a evaporação da água do reservatório em épocas quentes; e mais uma dúzia de situações que interferem neste processo.
Todos estes fatores podem ser citados e certamente a somatória deles causou a situação atual. Mas um fato que não pode ser citado é o desconhecimento dos governos responsáveis em relação a todos estes fatores. A crise hídrica de 2014 é muito mais séria e ampla do que se pode imaginar. E não poderá ser resolvida apenas com a economia das donas de casa ou nas condições climáticas. Há outros fatores relevantes neste processo e que podem afetar inclusive o desenvolvimento do país.”
Conflitos de interesse
E os problemas não param por aí. A água que abastece o Sistema Cantareira vem de outras regiões que também estão sofrendo com a escassez das chuvas. Muitas cidades abrigam grandes empresas que utilizam a água em seus processos produtivos. Além de afetar o consumo humano, afetará também a economia local.
A outorga atual do Sistema Cantareira vence em agosto de 2014 e certamente terá conflitos de interesse na renegociação. O estado do Rio de Janeiro é contra o projeto de São Paulo de captar água do rio Paraíba do Sul e levá-la ao Sistema Cantareira. O problema é que este rio já abastece outras 15 milhões de pessoas na Grande Rio e no interior paulista. Está em curso um conflito de grande proporção, envolvendo os dois estados mais ricos da federação e o abastecimento de aproximadamente 15% da população do país. É ou não é um assunto urgente que traz a tona um fundamento relevante para o equilíbrio social, político e econômico, e até então invisível para a maioria da população? A disputa pela água pode chegar aos tribunais brasileiros.
A Política Nacional de Recursos Hídricos é de 1997 e nosso principal referencial para a gestão da água no país. Nela encontramos princípios importantes, como a prioridade do abastecimento humano e de animais e o incentivo ao uso racional da água. Mas a lei não esclarece quem tem mais direitos sobre determinada fonte hídrica.
Como podemos concluir, a crise hídrica de 2014 é muito mais séria e ampla do que se pode imaginar. E não poderá ser resolvida apenas com a economia das donas de casa (que também é muito importante e deve ser sempre e não apenas em momentos de crise) ou nas condições climáticas (que também tem sua variabilidade além da interferência das mudanças climáticas). Há outros fatores relevantes neste processo e que podem afetar inclusive o desenvolvimento do país .
A tangibilidade dos serviços ambientais (*)
E dentro deste contexto de pressão e emergência, o que podemos extrair de aprendizado? Certamente será a tangibilidade da importância deste fundamento até então invisível da economia, da política e da maioria das pessoas. A partir de agora a água não será mais invisível e fará parte do debate e vivência do cidadão paulista e brasileiro, e seguramente por um bom tempo – pelo menos até a próxima temporada de chuvas que se inicia em outubro. E por falar em outubro, lembrei que além do início da temporada das águas, será também o mês das eleições para novos governantes do país. Eleições que poderão, sim, sofrer influências dos impactos da gestão hídrica. Mas até lá muita água vai rolar (desculpe o trocadilho), e será outra história, outra conversa e certamente outro artigo.
(*) Serviços ambientais são processos gerados pela natureza através dos ecossistemas, com a finalidade de sustentar a vida na Terra.
Sobre o Sistema Cantareira
O Sistema Cantareira trata 33 mil litros de água por segundo e teve início nos anos 60. Trata-se de um dos maiores sistemas produtores de água do mundo. As seis represas que compõem o complexo estão em diferentes níveis e são interligadas por 48 km de túneis para aproveitar os desníveis e a acumulação de água por gravidade. O Sistema Cantareira abastece aproximadamente 55% da Região Metropolitana do Estado de São Paulo com padrões de qualidade superiores aos exigidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Quatro reservatórios dão origem ao Sistema: o primeiro fica na cidade de Bragança Paulista e é alimentado pelos rios Jacareí e Jaguari, cujas nascentes estão localizadas em Minas Gerais. Neste reservatório são armazenadas 22 mil litros de água por segundo; o segundo reservatório armazena 5 mil litros/segundo do rio Cachoeira de Piracaia; o terceiro na cidade de Nazaré paulista armazena 4 mil litros/segundo, do Rio Atibainha; e na cidade de Mairiporã, a quarta barragem tem 2 mil litros/segundo do Rio Juqueri, formada pela barragem Engenheiro de Paiva Castro, e com nível de 745 metros, é capaz de fornecer 2 mil litros de água por segundo. Existe ainda, uma represa de segurança a 860 metros e denominada Águas Claras. Caso haja alguma paralisação, é possível manter o sistema em pleno funcionamento durante 3 horas.
Até aqui, a água percorreu aproximadamente 48 km através de tubos e canais por gravidade e chega ao pé da Serra da Cantareira, na Estação Elevatória Santa Inês, onde é elevada por bombeamento a 120 metros de altura para o Reservatório Artificial de Águas Claras. Segue então para a Estação de tratamento de Água do Guaraú, onde começa a ser tratada, produzindo 33 mil litros de água por segundo, para abastecer cerca de 8,8 milhões de pessoas da Região Metropolitana de São Paulo, saindo em ótimas condições de consumo.
FONTE: pensamentoverde.com.br

1.    Após a leitura do artigo, o grupo deve levantar* 10 questões relevantes sobre Sustentabilidade e Meio Ambiente, referente ao tema abordado no mesmo.
Causas, Consequências e Soluções (possíveis).
2.    Qual a opinião* do grupo a respeito do artigo e como vocês analisam a relação da escassez para o nosso Estado?
*A análise deve ser feita por todo o grupo. Porém, 3 integrantes apresentarão as considerações pertinentes aos colegas da sala e à professora. (Avaliativo). O artigo pode ser dividido em até 3 partes para apresentação.

“Relação do homem com a natureza pode provocar danos de longo prazo ao meio ambiente e, também, aos seres humanos.”


Modelo de ficha avaliativa - Trabalho com maquete

REM – MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS
PRÁTICA SUSTENTÁVEL
MAQUETE DA ESCOLA...
PROFESSORA ORIENTADORA ...
CONVIDADOS PARA AVALIAR: ...

AVALIAÇÃO

CRITÉRIOS








GRUPO/ALUNO
A MAQUETE FOI FEITA TOTAL/PARCIALMENTE COM MATERIAL RECICLÁVEL?


TOTAL = 
PARCIAL = 
A MAQUETE É TOTAL/PARCIALMENTE UMA RÉPLICA DA ESCOLA?


TOTAL = 
PARCIAL = 
O GRUPO SOUBE EXPLICAR O QUE É SUSTENTABILIDADE E RELACIONAR COM O TRABALHO REALIZADO?

SIM = 
PARCIAL = 
NÃO = 































































Produções audiovisuais...

ROTEIRO PARA ANÁLISE DE
MÍDIA IMPRESSA E MÍDIA AUDIOVISUAL
Professora Flávia Dias Siqueira_2014
ESCOLA:
NOME:
SÉRIE/TURMA/ANO:
DATA: ____/____/_____
CONTEÚDO/COMPONENTE CURRICULAR:
TÍTULO DA OBRA:
PERSONAGENS PRINCIPAIS (apenas nomes): _____________________________
_____________________________________________________________________
AUTOR (ES)/(A)/(AS):
EDITOR (A)/DIRETOR:
DURAÇÃO (FILME):
ANO (OBRA)
MOTIVAÇÃO/INTENÇÃO DA LEITURA: ____________________________________
_____________________________________________________________________
GÊNERO DO FILME:
( ) Histórico ( ) comédia ( ) ficção ( ) romance ( ) animação
( ) documentário ( ) drama ( ) suspense ( ) ação ( ) outros
A LINGUAGEM PREDOMINANTE É:
( ) formal ( ) informal
Professora Flávia Dias Siqueira
GRAU DE ENTENDIMENTO
( ) fácil ( ) razoável ( ) difícil
VALORES CINEMATOGRÁFICOS
Assinale com um X as letras O (ótimo), B (bom), M (médio), F (fraco) de acordo com o seu julgamento, quanto aos aspectos do filme:
Música ( ) O ( ) B ( ) M ( ) F                       Fotografia ( ) O ( ) B ( ) M ( ) F
Cenários ( ) O ( ) B ( ) M ( ) F                    Efeitos ( ) O ( ) B ( ) M ( ) F
Diálogos ( ) O ( ) B ( ) M ( ) F                     Enredo ( ) O ( ) B ( ) M ( ) F
TEMAS ABORDADOS:
( ) Culturais ( ) Científicos ( ) Políticos ( ) Religiosos
( ) Psicológicos ( )Outros: __________, __________, ____________
1.    DESCREVA (CARACTERIZE) O (S) PERSONAGEM (NS). (No caso literário e cinematográfico)
2.    QUAL A PASSAGEM DE MAIOR IMPACTO PARA O LEITOR/TELESPECTADOR/OUVINTE?
3.    RELACIONE A CONTRIBUIÇÃO DA OBRA PARA O ESTUDO DA DISCIPLINA.
4.    ASSOCIE A RELEVÂNCIA DA OBRA PARA SUA FORMAÇÃO ESCOLAR E CIDADÃ.
5.    RESUMO (HISTÓRIA/TEMA ANALISADO) – 15 LINHAS.
AVALIAÇÃO FINAL (SUGESTÕES!) - Seja ‘crítico’ com relação à sua formação!
( ) Ótimo ( ) Muito bom ( ) Bom ( ) Regular
Justificativa (Obrigatório): __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Sucesso!!!

Freud e a Educação - “Escrever é fazer a dialética entre o desejo e a lei; entre o eu e o sujeito.” Kupfer, 2010

Segundo o artigo de Kupfer (2003), “para a psicanálise o ‘EU’ é um precipitado de identificações, e se constrói (...) segundo formações imaginárias fornecidas pela cultura”. Por ocupar um lugar central em relação ao estudo psicológico do comportamento, o ‘EU’ se constitui das perspectivas que o sujeito constrói (recalques) e regula em relação à realidade (situações vividas/projetadas).  Segundo Kupfer (2010), “O Eu de Freud é descentrado, do mesmo modo como a Terra de Galileu e o Homem de Darwin... é irremediavelmente dividido pela irreversível instalação da realidade do consciente". 
Aliar teorias sobre a constituição do sujeito ‘diferentes’ pode conduzir a análises e noções distintas, uma vez que para a psicanálise o sujeito se constitui pelo ‘desenrolar da trama’, que segundo a análise de Kupfer (2010) se dá “em um ponto de articulação entre os determinantes socioculturais e pulsionais”; enquanto para o construtivismo o sujeito se constitui através da sua interação com o meio, mas desmerecendo suas funções inconscientes pessoais.
Pode-se dizer que as reações afetivas são uma consequência dos problemas de aprendizagem (no sentido da constituição do sujeito em detrimento à sua realidade). Segundo o artigo de Kupfer (2003), “(...) há choques culturais na relação cotidiana (...) e a consequência seguinte são as reações emocionais: apatia, agressividade e indisciplina." Acredito que também constitua as reações emocionais ‘positivas’, influindo e interferindo em seu desenvolvimento ‘global’.
Segundo Kupfer (2010), as práticas educativas bem como a escola dita inclusiva “deverá abandonar a ideia do sujeito central, autônomo. Precisará ter em seu horizonte de trabalho a perspectiva de um sujeito descentrado (...) não será nem livre, nem sujeitado”.  Portanto, com base na teoria psicanalítica, a afetividade se relaciona com a cognição na medida em que o processo de aprendizagem, escolar ou não, torna-se intrínseco ao indivíduo, condizente ao seu ambiente de vivências e consciente de suas especificidades/particularidades/patologias. 

Vygotsky e a Educação

A Relevância da Psicologia Vigotskiana para o Processo de Aprendizagem
Flávia Dias Siqueira
As diferentes teorias sobre o processo de aprendizagem norteiam, de acordo com o(s) seu(s) estudioso(s), o processo de ensino enfatizado/empregado pelos professores em sua prática pedagógica. Mesmo de maneira ‘inconsciente’ o educador tende a valorizar e tomar nota de conceitos e paradigmas que identifica como “os mais adequados” à sua metodologia. Nessa percepção, Vigotski era alguém que procurava construir uma psicologia marxista, reconhecido o contexto sociohistórico no qual estava inserido. Diante disso, reconhecida a linguagem como ferramenta cultural, esta passa a ser relevante às relações/interações sociais dos sujeitos históricos culminando por caracterizar os sujeitos em suas produções sociais, e consequentemente configurar/interferir/influenciar a história dessas distintas sociedades, incluindo, intrinsecamente, o seu processo de aprendizagem.
Nessa vertente, o desenvolvimento do psiquismo acontece na inserção social, cultural e histórica do indivíduo. As funções psicológicas superiores (percepção, pensamento e memória), são construídas por meio dessa relação não-linear  do sujeito e o contexto historico-cultural ao qual pertence, e dessa relação o sujeito norteia sua percepção de sociedade e seleciona (assimilação) o que acontece à sua volta na construção de sua dentidade, sendo passível  aos aspectos afetivos, os quais tem papel essencial nesse desenvolvimento. Na aprendizagem escolar não é diferente, por isso a questão lúdica é de extrema importância nos primeiros anos, mas não somente a esses. Por meio dela a criança desenvolve seu processo de comunicação e interação, transformando/formando suas concepções de mundo, além da “visão de outra pessoa”.
Nesse ponto da análise vigotskiana, o coletivo, principalmente na figura dos jogos, é preferencial ao individual, pois trata-se de um exemplo de prática lúdica que permite à criança gerar ZDPs, operando um descentramento cognitivo e emocional; sendo relevante, por exemplo, à aprendizagem geográfica.






REFERÊNCIAS

·         BAZZONI, Cláudio. A concepção da linguagem determina o que e como se ensina. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JUrY60mK2g8 Acessado em 16/06/2014.
·         CAVALCANTI, Lana de Souza. Cotidiano, Mediação Pedagógica e Formação de Conceitos: Uma Contribuição de Vygotsky ao Ensino de Geografia. Cad. Cedes, Campinas, vol. 25, n. 66, p. 185-207, maio/ago. 2005
·         DUARTE, Newton. A Escola de Vygotsky e a Educação Escolar: Algumas Hipóteses Para Uma Leitura Pedagógica da Psicologia Histórico-Cultural. Psicologia USP, São Paulo, v.7, n.1/2, p.17-50, 1996.
·         OLIVEIRA, Marta Kohl de. O Problema da Afetividade em Vygotsky. (p. 75 a 84). Disponível em: http://www.moodle.ufop.br/course/view.php?id=9268
Acessado em 16/06/2014.
·         PIMENTEL, Alessandra. A ludicidade na educação infantil: uma abordagem histórico-cultural. Psic. da Ed., São Paulo, 26, 1º sem. de 2008, pp. 109-133.



Sustentabilidade em Foco!

Infográfico sobre Biogás - Tome nota!

http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/biogas-a-energia-invisivel/files/2014/05/ciclo-do-biogas_g.jpg

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

TV, VÍDEO E EDUCAÇÃO: TRIO PARA UMA FORMAÇÃO CIDADÃ


“A partir de câmeras fotográficas digitais e celulares, passamos a registrar em vídeos nossas ações de forma cotidiana. Nosso computador pessoal vem, aos poucos, ganhando ares de ilha de edição, tanto para fotografias, como para músicas, vídeos e filmes. Assim, a linguagem audiovisual ganhou um grande destaque com esta nova revolução tecnológica, inclusive no ambiente escolar e na produção do conhecimento.” ROCHA, 2014

O audiovisual no contexto socioeducativo contemporâneo
Flávia Dias Siqueira


A aprendizagem formal, oriunda das instituições de ensino escolares, envolve crianças e adolescentes em períodos de desenvolvimento significativos à sua formação enquanto sujeito, e que, ao mesmo tempo, se caracterizam pela relevante ruptura e construção de novas estruturas psicológicas, às quais delinearão sua personalidade e influenciaram seu modo de ver e agir no mundo. As relações inter e intrapessoais construídas ou não por esses infantes se darão menos por aparência e mais por gostos, perfis de conduta e, principalmente, semelhanças quanto ao modo de pensar e refletir sobre os fenômenos. Nesse contexto, os recursos audiovisuais, como a TV e o vídeo, aparecem intrínsecos, por serem mais acessíveis e utilizados pelos mesmos, em casa e pelos profissionais da educação, enquanto inseridos no contexto socioeducativo. A reflexão sobre essa temática nos remete a inúmeros paradoxos, uma vez que a TV é vista ora como recurso não pedagógico, ora como um veículo de informação relevante.
Como aliar o educativo e o audiovisual em um contexto midiático que se mostre relevante à formação de cidadãos? Os programas educativos da televisão realmente educam? A TV aberta respeita as classificações indicativas?  É mais adequado selecionar a programação que nossos filhos assistem ou desligar a TV? São questões como essas que norteiam calorosos debates e fomentam projetos e pesquisas tanto sobre o uso dos recursos audiovisuais, como a TV e o vídeo, no contexto educacional como em situações de não aprendizagem. Diante disso, deve-se analisar as aptidões do público ao qual se destinam a maioria dos programas televisivos e aos quais é intrínseco o planejamento pedagógico: a juventude. Este aspecto remete a uma análise minuciosa, que se sobrepõe a meros aspectos pedagógicos ou educativos, pois se trata primeiramente da questão humana.
Não podemos negar que Bourdieu tem razão ao admitir a televisão como recurso audiovisual de alienação em massa, a maior parte da programação da TV aberta remete ao fato sensacionalista ou de desfocar informações e a atenção da população às circunstâncias importantes. Mas, ao mesmo tempo, devemos analisar os pressupostos de Machado, que vislumbra uma visão educativa de programação, e onde a televisão se apresenta como recurso educativo. Entretanto, como Vygotsky analisa a construção do psicológico infanto-juvenil, não devemos desconsiderar a questão social, pois esta é inerente ao sujeito social e cultural, justificando uma atenção peculiar ao se retratar situações e recursos que educam e aqueles que alienam. Aproximar o contexto midiático da educação formal, e, ao mesmo tempo, do cotidiano dos jovens não é tarefa fácil, ao contrário, se mostra um desafio aos educadores, pois há uma persistência no que diz respeito ao paradigma tradicionalista de ensino-aprendizagem e também uma visão um tanto quanto preconceituosa de alguns educadores e gestores sobre o uso dessas mídias no ambiente escolar.
Concordo que a escola deve educar de acordo com a norma padrão, mas discordo quando alguns educadores e gestores caracterizam algumas situações de uso dos recursos audiovisuais como algo do tipo “tapa-buraco”, “vídeo-enrolação”, dentre outros predicados pejorativos. Admito que aconteçam, mas acima de tudo reconheço que situações assim remetem também à equipe pedagógica como um todo. Muitas vezes, principalmente em escolas da rede pública, profissionais se ausentam de suas atividades por inúmeros motivos, a o sistema não disponibiliza profissionais eventuais (que ficam no lugar quando alguém se ausenta) para as séries finais e ensino médio, tão pouco esses profissionais são programados para antever as mais variadas intempéries. Identifico que situações como as descritas vão além de mera enrolação, mas dizem respeito ao que todo profissional, independente do cargo que ocupa, está predisposto. Cabe aos colegas, no caso da educação, tirar proveito de um momento assim para educar, ao invés de pormenorizar ambos, o contexto e o profissional.
O enfoque atual são as redes sociais e a linguagem utilizada por aqueles que são assíduos a esta, diante da rapidez com que deve ser dar essa comunicação diante dos fenômenos a serem compartilhados. Acrescenta-se a este fato que nas redes sociais são postados comentários e imagens sugestivas a debates sobre situações que acontecem paralelas àquelas retratadas, muitas vezes parcialmente, pela televisão; como no período das manifestações populares em 2013. Nesse contexto, entram os educadores como mediadores do saber que podem focalizar ou desfocar os debates sobre os assuntos retratados pelas redes sociais e pela TV; podem fomentar debates significativos a uma reflexão cidadã ou apenas ignorarem as perguntas dos alunos “porque tem que cumprir o planejamento”, e ainda podem ser alheios a tudo que acontece justificando estar no livro didático toda a informação que os alunos necessitam para sua formação.
As imagens que antecedem o título desse texto sugerem uma visão “libertadora” sobre a maneira de educadores e jovens reconhecerem a importância dos recursos audiovisuais para sua formação e aprendizagem. Não se trata apenas de “colocar um filme para os alunos”, nem de ver o filme como algo “descontextualizado com a matéria”. No momento atual, onde a educação é vislumbrada como um processo interdisciplinar onde os conteúdos devem dialogar entre si, não deve haver espaço para “o filme tal é adequado para a aula de Ciências e não para a de História”, mas sim ao reconhecimento de que aquilo que os jovens sugerem deve devem ser inserido e analisado no contexto socioeducativo, articulando diferentes conteúdos do saber. Caso contrário, estamos sendo incoerentes com o discurso. Afinal, que tipo de aluno queremos ensinar, transformar e educar?
Enfim, se a vida escolar, assiduamente planejada, fosse condizente com a vida extra-escolar, e que, nesse sentido, dialogasse com sua realidade, costurando sentido à vida desses jovens e alunos, precisaríamos continuar a nos preocupar como a programação da televisão os influenciará? Não estaríamos sendo hipócritas - enquanto pais e educadores, ao julgar, na maioria das vezes sem a devida análise e neutros a paradigmas e ideologias massantes e alienadoras – ao dialogarmos com as questões existenciais e educacionais ao mesmo tempo em que na prática temos uma postura contrária a estas? Como costumo defender: todo momento é um momento de aprendizado que deve ser submetido a uma análise social, cultural e educacional livre de prejulgamento e passível de sugestão, assim dialogamos interdisciplinariamente.



REFERÊNCIAS

·         Vários autores. A Linguagem Audiovisual das Mídias: Televisão e Vídeo Como Suportes Para Estimulação Do Processo Ensinar-Aprender-Ensinar. RETEME, São Paulo. v.2. n.2. 2012 (p. 38-47)
·         RODRIGES, Hila; MAIA, Marta. Juventude, Imagem E Som: recriando narrativas audiovisuais. In ROCHA, Adriano Medeiros da. Audiovisual e Juventude. Ouro Preto: UFOP, 2011.
·         UFOP. Josefino é o meu nome. Disponível em:
·         UFOP. TV Vanguarda: cinema na escola. Disponível em:


Células de Defesa