domingo, 13 de outubro de 2013

Mídias na EDUCAÇÃO: ampliando o conhecimento ou cerceando ainda mais o horizonte?

Conhecer para ser acessível é mais importante do que se pensa! Temos que querer conhecer!

Durante os meses de Agosto a Outubro de 2013 vivenciei uma das experiências mais significativas em minha formação docente. Não se trata apenas de mais um curso de aperfeiçoamento na área docente, mas de um enriquecimento enquanto pessoa, professora e mãe. Ao ler essa postagem você se questionará "Como assim?". Eu lhe explico: muito mais que se matricular em um curso e obrigatoriamente realizar tarefas e ser avaliado por outros professores, trata-se de querer aprender a aprender. Sempre!

As pessoas, enquanto cidadãs, devem compreender o que é exercer uma posição de cidadão! Não envolve apenas realizar ações concretas, envolve a sensibilização diante dos desafios e, principalmente, diante da capacidade de analisar e esclarecer os fatos. Uma simples correção de exercícios pode ser uma "faca de dois gumes"! Pode condenar quem corrige e anular quem redigiu, como também pode valorizar ambos os envolvidos. Diante disso, cabe aos profissionais da educação, especialmente os educadores, ter a humanidade e sensibilidade suficientes para conduzir os companheiros até o ponto de partida, orientá-los de maneira a esclarecer ao máximo sobre o percurso e os pontos de avaliação e, essencialmente, mediar os desafios sobremaneira que não haja espaço para desânimo, apenas ânimo para seguir em frente! 

As novas tecnologias devem ser analisadas por todos os envolvidos no processo de aprendizagem como um conjunto de ferramentas que veio para somar ao processo. Aqueles que educam sobre essa ótica devem ter extrema observância em como inserir um tópico para formação e não apenas com o intuito de superar um desafio; desafios existem sempre, em quaisquer circunstâncias. São inerentes à vida. Mas a capacidade de persuadir para instigar o outro a conhecer... raríssimos educadores conseguem!

Em mídias na educação, é essencial que se conheça as ferramentas e atividades possíveis do processo, mas tem se corrido o risco de supor que todos tem tempo para se dedicar com o mínimo afinco aos cursos oferecidos sobre essa temática. Se enganam. O chavão  de que a EAD é uma atividade de formação que permite ao aluno suposta flexibilidade nada mais é que uma máscara imposta à interatividade, mediada por uma ferramenta tecnológica que muitas vezes é falha, dependente de recursos humanos que na maioria das vezes não permitem a compreensão clara das mensagens transmitidas e que não ensina nada em especial, apenas a utilizar um recurso virtual na sala de aula com algum conhecimento em informática. Digo isso porque  por mais amplas e equipadas sejam salas de informática, por exemplo, nas escolas públicas, ainda faltará recursos dos mais variados níveis para se educar cidadãos atuantes!
Uma "pegada ecológica" da tecnologia seria substituir o papel por dispositivos portáteis com capacidade de armazenamento superior às do caderno de 20 matérias, do giz, dos pincéis para quadro branco e sua necessidade constante de recarga com tintas poluentes e que consomem combustíveis fósseis para sua produção.... Mas, a tecnologia gera um lixo que não se tem certeza quanto ao seu descarte correto! As pessoas pensam sobre isso? A sociedade segua uma "moda" ou é ensinada a refletir sobre aquilo que utiliza, como utiliza e porque utiliza? 

Enfim, assim como os cursos o manuseio dos recursos e o conhecimento sobre mídias é um desafio imposto ao processo de aprendizagem, mas quais saberes estão sendo aprimorados com essa prática? Uma coisa é reconhecer o quanto dependemos da tecnologia e até que ponto ela facilita nossa vida social, econômica, política e familiar (nas 24 horas do dia, durante meses, anos, décadas); outra é admitir que é mais um método de escravização em massa (privilegia os privilegiados e exclui aqueles que não a dominam).

Por Flávia Dias Siqueira

Células de Defesa